Os parlamentares criticaram a forma como a empresa está utilizando para cobrar os clientes que, segundo eles, vem sendo realizada de acordo com a média mensal dos consumidores
Após posicionamento do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (PSB) e do vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor na Casa, Delegado Eduardo Prado (PV), com relação à cobrança inadequada da tarifa de energia elétrica no Estado, a Enel comunicou nesta quinta-feira, 26, que a partir do mês de abril os clientes goianos terão a opção da autoleitura dos medidores de consumo de eletricidade. O sistema foi sugerido pelos deputados após várias reclamações de consumidores.
Pelas suas redes sociais, o chefe do Poder Legislativo criticou no início da tarde de hoje a forma como a empresa está utilizando para cobrar os clientes, especialmente nesse momento de crise em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). De acordo com ele, a prática é “abusiva e incoerente”. “Estamos recebendo várias denúncias com relação à Enel. Mais uma vez essa empresa vem se aproveitar do momento de dificuldade que vive o nosso Estado e está fazendo a cobrança de média dos últimos 12 meses na tarifa de energia elétrica da população do Estado de Goiás. Uma prática abusiva e incoerente”, disse Lissauer.
Junto ao presidente da Casa, o deputado Delegado Eduardo Prado também discordou da modalidade empregada pela empresa e enviou um ofício ao diretor de Relações Institucionais da Enel Goiás, Humberto Eustáquio, solicitando a adoção do sistema de autoleitura. Em resposta ao requerimento, Eustáquio informou ao parlamentar que o presidente da companhia, José Luiz Salas, se comprometeu a tomar as providências para colocar em prática, a partir do dia 2 de abril, a autoleitura para consumidores residenciais e comerciais do grupo B (baixa tensão). “Os consumidores do grupo A (média e alta tensão), 95% já contam com leitura remota”, informou o diretor.
A autoleitura dos medidores de consumo de energia elétrica já é realizada com os consumidores da zona rural e, segundo a Enel, a alternativa visa, nesse momento, resguardar a saúde tanto dos colaboradores quanto dos clientes diante da pandemia do coronavírus. Inicialmente, essa opção de faturamento está aberta por 90 dias, podendo ser reavaliada de acordo com o avanço da doença no Estado.
Para o consumidor que não quiser realizar a autoleitura, a fatura mensal virá pela média dos últimos 12 meses, conforme foi acordado com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A fatura de março foi fechada usando este procedimento. A Enel lembrou ainda que está suspenso por 90 dias o corte de energia elétrica de clientes inadimplentes.
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