Representante do setor produtivo, presidente destacou a contribuição do Legislativo para a governabilidade de Goiás e demonstrou sua contrariedade à matéria enviada pelo Executivo

Durante sessão extraordinária realizada na Assembleia Legislativa de Goiás na noite desta quinta-feira, 17, para votar os projetos que geram taxação direta ao setor Agronegócio, o presidente Lissauer Vieira fez discurso emocionado sobre o assunto.

Representante da categoria na Alego, o chefe do Legislativo foi contundente na defesa dos produtores rurais que lotaram a galeria do Plenário Iris Rezende, ao pedir para os parlamentares votarem contra as matérias. No entanto, ambos os projetos (10803/22 e 10804/22) foram aprovados em primeira votação por 22 votos favoráveis e 16 contrários.

“Essas pessoas não têm medo de arriscar e estão aqui, hoje, porque estão preocupados com o futuro. Não é fácil produzir grãos, gerar renda, gerar divisas. Vocês estão aqui porque estão com o coração doendo. Será que nós [parlamentares] vamos atrapalhar?”, questionou Lissauer aos deputados presentes.

O presidente relembrou ainda que essa 19ª Legislatura da Alego contribuiu, de forma decisiva, para aprovar outras medidas enviadas pelo Governo, com o objetivo de equilibrar as finanças do estado. Na avaliação do chefe do Legislativo, a cobrança, no atual momento, era indevida.

“Nós já equilibramos o estado de Goiás nas suas finanças. Em 2019, quando o governador assumiu, tinha folha de pagamento atrasada, tinha problemas fiscais, o estado já entrou no Regime de Recuperação Fiscal. Nós já fizemos tudo”, destacou.

Lissauer ainda lembrou dos avanços obtidos em sua gestão, como a Nova Sede e as Emendas Impositivas, conquistas que ficarão como legado para o Legislativo, e reforçou que ele cumpriu tudo o que prometeu.

“Acho que nenhum aqui pode reclamar da minha palavra. O que eu falei eu cumpri, mas estou saindo hoje extremamente triste e decepcionado. Não esperava, depois de tudo que essa legislatura fez, depois de tudo que nós fizemos”, destacou, se referindo à contribuição da Casa para reequilibrar a saúde financeira e a governabilidade da atual gestão do Executivo.

As duas matérias do Governo convergem para colocar em prática a criação de fundo de infraestrutura com contribuição de até 1,65% paga pelo setor do agronegócio, o Fundeinfra. Os projetos terminaram aprovados pelo Plenário, em 1ª fase, e devem retornar à pauta de votações em uma nova sessão ordinária na terça-feira, 22, às 15 horas.

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