Da tribuna, o presidente garantiu que a Alego jamais aceitará que a empresa prejudique os produtores rurais goianos
O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Lissauer Vieira (PSB), fez uso da palavra durante o Pequeno Expediente da sessão ordinária desta quarta-feira, 8, para repudiar a conduta da Enel — empresa responsável pela distribuição de energia no Estado — que tem notificado e “aterrorizado” produtores irrigantes de Goiás. Para o deputado, nenhum produtor seria “ousado” ou “inconsequente” de trabalhar sem a devida outorga.
“Se a Secretaria de Meio Ambiente não tem estrutura física ou pessoas suficientes para analisar os processos dentro do prazo necessário, o produtor não pode ser penalizado por isso”, destacou Lissauer. Ele assegurou, em seguida, que todos os produtores já protocolaram suas solicitações de renovação da outorga, porém, “pela falta de estrutura da secretaria e de analistas técnicos” os pedidos não foram analisados em tempo.
A explanação do presidente diz respeito a uma notificação enviada pela empresa aos produtores rurais de todo Estado. O comunicado ameaça cortar o benefício referente a Tarifa Verde sob argumento de que “os produtores não estão enquadrados na outorga da Secretaria de Meio Ambiente”, explica o parlamentar.
O presidente também lembrou que foi implantada na Casa a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Enel. “Essa empresa não presta um serviço de qualidade à população do Estado de Goiás. Na verdade, ela tem prestado um desserviço ao povo goiano. E agora quer atrapalhar o desenvolvimento do Estado e aterrorizar os nossos produtores. Esses trabalhadores têm feito a economia girar, até mesmo para ajudar o Estado a sair dessa crise sem precedentes e de números negativos”, disse.
Por fim, Lissauer garantiu que a Assembleia Legislativa jamais aceitará que a empresa atrapalhe os produtores. E disparou em seguida: “Já cobrei da secretária de Meio Ambiente uma solução imediata”. Segundo o deputado, a Secretaria de Meio Ambiente conta hoje com um total de 50 mil processos de liberação de outorga e outros assuntos “represados por conta da falta de pessoal”. “Sei da intenção da secretária, mas não vamos nos calar”, finalizou.
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