Com articulação do presidente da Assembleia Legislativa Lissauer Vieira, o projeto que proibia a pulverização agrícola por via área no Estado de Goiás, foi rejeitado em votação realizada nesta terça-feira, 28. De autoria da deputada delegada Adriana Accorsi, a matéria de nº 0867/19 gerou polêmica com produtores rurais do estado e foi bastante dialogada com a categoria por intermédio de Lissauer, que além de chefe do Parlamento, é representante legítimo do setor produtivo.

A matéria recebeu o voto contrário do relator, o deputado Paulo Trabalho (PSL), que justificou o impacto que o projeto de lei poderia causar, caso fosse aprovado. Segundo o parlamentar, a economia goiana poderia ser fortemente prejudicada, já que há certas plantações que só é possível aplicar os defensores agrícolas via aeronaves. “É o caso da cana de açúcar quando já se encontra em um porte elevado, o caso do milho quando já está dependurando, além da banana, soja e outras plantações”, argumentou.

Lissauer abriu diálogo sobre o assunto e recebeu na presidência representantes do Sindicato Rural de Rio Verde, do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (SINDAG), da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Goiás (APROSOJA-GO) e FAEG.

“Entendemos que as regras são importantes e defendo a discussão do assunto de forma democrática, visando a preservação ambiental, agora precisamos avaliar os dois lados para não prejudicar também o nosso setor produtivo, por isso recebi aqui hoje os representantes da categoria para construir um consenso sobre essa matéria”, afirmou.

A matéria gerou amplas discussões em plenário na tarde desta terça-feira. Ao final das manifestações e encaminhamentos de votos, o Plenário aprovou o parecer contrário à matéria, ou seja, votaram contra o texto sugerido por Adriana Accorsi, e o projeto foi arquivado.

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